Hora Certa e Humana

Wilson Relojoeiro informa A hora certa e humana>

domingo, 24 de julho de 2011

Relógio de Parede Junghans


Lindo relógio de parede marca JUNGHANS modelo RARO, mostrador de porcelana e pêndulo em formato de HARPA. Ano aproximado de fabricação 1880.

Serviços executados: revisão geral, ajustagem, encerar a caixa. 

sábado, 23 de julho de 2011

Curiosidades do Restaurador

         Foto da Estação da Luz de São Paulo.

Pouca gente olha para os relógios das torres para consultar as horas em uma Metrópole como São Paulo. Augusto Fiorelli não só olha como sobe até lá!

Em meio ao corre-corre de uma Metrópole como São Paulo, muitos não se dão conta hoje em dia de que, até poucas décadas, as pessoas acertavam seus compromissos olhando para uma torre ou ouvindo o badalar dos sinos de uma igreja. Para quem circulava pelo centro da cidade eram três as opções: o relógio do Mosteiro de São Bento, o da Catedral da Sé e o da Estação da Luz, o mais famoso deles.

Fabricado em 1890 pela J. H. Walker, o relógio de quatro faces de 3m30 de diâmetro, réplica do Londrino Big Ben, chegou ao Brasil em 1898 com outros dois exemplares, trazidos pela São Paulo Railway, concessionária das ferrovias paulista à época, e foi inaugurado com a estação, em 1901. Quase totalmente destruído por um incêndio, em 1946, teve o seu mecanismo original substituído por um Nacional. Dos outros dois modelos, um resiste na vila Inglesa de Paranapiacaba, em Santo André (SP), enquanto o outro, instalado na estação de trem de Santos (SP), teve suas peças roubadas.
Se os conservadores Londrinos ainda conseguem ouvir as badaladas do seu Big Ben, nós, Paulistanos, dificilmente percebemos, em meio ao barulho da metrópole, o badalar de nossos relógios de torres. Além do mais, quem é que vai olhar para o alto, em um mundo horizontal, comandado por relógios a corda, a quartzo, celulares, iPods e outros equipamentos eletrônicos. Mas eles estão lá! Uma das testemunhas de suas existências é Augusto Fiorelli, que toda semana, religiosamente, vence os 141 degraus para chegar à torre que abriga o relógio da Estação da Luz. Ele é um dos poucos profissionais do ramo, que conhece o coração desses gigantes, bem como, os segredos que possibilitam os seus ponteiros avançarem e as engrenagens trabalharem rigorosamente.

A profissão de Fiorelli existe porque esses relógios, embora feitos para durar a vida inteira, são como nossos amigos e parentes idosos: precisam de consultas regularmente para não morrer, quer dizer, parar. Alguns requerem visitas mais frequentes, a cada três dias, como o relógio da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e o do prédio das Casas Bahia. Outros, mais flexíveis, contentam-se com uma visita semanal, como ocorre com o relógio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e o da Vila de Paranapiacaba. Além dessas “consultas” de rotina aos 11 relógios centenários da Grande São Paulo, Fiorelli mantém uma oficina para aparelhos antigos na região central da cidade.

Horário de Verão
E o relojoeiro não se perde na rotina. “Está tudo na minha cabeça. Às terças ou quartas feiras, vou à Estação da Luz; aos sábados faço manutenção nos relógios mais afastados do centro da cidade, localizados nos bairros da Penha, Mooca ou Brás; ou nos municípios de Carapicuíba e Itapevi. É raro eu me ‘perder’”. Raro, mas pode ocorrer, como certa vez, que fechou a oficina e foi embora para casa. O comprometimento é tamanho que o fez sair novamente. Embora fosse tarde, ele teve que pegar o carro e partir para a Faculdade de Medicina, localizada na Avenida Doutor Arnaldo.
A visita dura em média 30 minutos. Devido às dimensões e aos mecanismos de funcionamento são movidos a manivelas a manutenção se dá a cada três ou sete dias, conforme o modelo. Nessa ocasião, é preciso acionar uma manivela para dar corda no aparelho, que dá a batida das horas.
Ele pesa cerca de 110 quilos e contrabalança com outro peso de cerca de 80 quilos, que sustenta o pêndulo; as engrenagens também são lubrificadas. O trabalho é mais demorado quando se encerra o horário de verão, pois o mecanismo não possibilita que o relógio seja atrasado. É preciso deixar o pêndulo parado por uma hora, segundo o relojoeiro.

Esses segredos e os demais predicados do ofício, Fiorelli, que atua na área há 34 anos, herdou do avô. “Tem que gostar. Estava com 15 anos quando ele me chamou para trabalhar. Meu irmão chegou a trabalhar com a gente, mas apenas por um ano e meio.” Além de gostar de consertar os relógios, ele conhece a história de todos eles. O exemplar mais antigo da cidade está instalada no prédio da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. “É de fabricação francesa, marca Coll in sur Wager Horloger. A peça data de 1884. Ficou algum tempo parado devido à falta de manutenção. Mas hoje mantém o mecanismo original e trabalha precisamente. O da Praça da Sé é um relógio Inglês de 1910, o mesmo ano do aparelho localizado na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Este é de origem Escocesa.”

Segundo o relojoeiro, o único marcador de horas que funciona como carrilhão e acentua os quartos de hora o primeiro com uma badalada, o segundo com duas e o terceiro com três é o relógio de origem Alemã, fabricado em 1914, localizado no Mosteiro de São Bento. Os demais são Nacionais, da década de 20, e só tocam na hora cheia e na meia hora.

Escadarias
A manutenção não serve apenas para acertar as horas precisamente com o horário de Brasília. A lubrificação das engrenagens é preventiva, conforme Fiorelli, porque se eles forem forçados quebram com facilidade. No caso do relógio do Mosteiro de São Bento, há cerca de cinco anos, foi necessário refazer toda a engrenagem. Isso é raro ocorrer quando há manutenção.

É raro também encontrar hoje em dia profissionais como Fiorelli. São poucos os relojoeiros que se dedicam a ajustar a hora desses gigantes; a maioria está se aposentando ou já se aposentou. “Com o tempo, a gente perde o vigor para subir e descer as escadas. São cerca de 60 metros de altura, em média, seis andares. É muita coisa.” Ao contrário dele, que herdou o gosto do avô, na sua família não haverá herdeiros. Ele ensinou todos os segredos do ofício ao filho André, 16 anos, mas ao que tudo indica o menino tem outros projetos em vista. “Ele se interessa por engenharia e computação. Seria mais para manter a tradição familiar. A manutenção seria apenas um hobby para ele.”
Além disso, o mercado se restringe, segundo o relojoeiro. A cidade conta atualmente com mais de 60 relógios de torre, mas grande parte deles com mecanismo elétrico, que não requer manutenção. A atividade nunca rendeu muito dinheiro e hoje a situação é mais delicada. Ele revela que os Padres são “chorões pra chuchu”. O valor que pagam acaba sendo simbólico, 100, 150 reais por mês. Quando o relógio fica muito distante, não dá nem para a gasolina.Fiorelli lamenta passar diante de alguns relógios e vêlos parados, como ocorre com o marcador nacional de 1926, do Palácio das Indústrias, antiga sede da Prefeitura de São Paulo
 “Consertei e fiz a sua manutenção durante a gestão da Erundina. Ele está parado desde 1998. Com o Maluf e o Pitta, os contratos não foram renovados. Cheguei a fazer a manutenção de graça. Há algum tempo entrei em contato com os responsáveis. Apesar do interesse manifestado na época, até agora não fui procurado”, finaliza

domingo, 17 de julho de 2011

Relógio Carrilhão Reguladora




Relógio de Parede Marca REGULADORA modelo CARRILHÃO.
Serviços executados: revisão geral, ajustagem da roda de escape, embuchamento e encerar a caixa.

domingo, 10 de julho de 2011

Relógio de Parede E.Ingrahm modelo Gravata




Relógio de Parede antigo marca E.Ingrahm, modelo gravata com calendário.                       
Ano Aproximado de fabricação 1880.
Os números no mostrador de 1 à 31 se refere ao calendário que indica o dia pelo ponteiro mais longo.
Serviços executados: Revisão geral, ajustagem, cordas, restauração do mostrador e pêndulo.

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