Os Sinos e o Silêncio, por Fernando Correia de Oliveira*
Os primeiros relógios não têm mostrador. Servem para 'bater' as horas e não para as 'mostrar'.
Com o desenvolvimento da técnica, os sinos que davam apenas horas, passaram a dar meias horas e quartos, em tons diferentes. E, depois, começamos a falar de carrilhões, com os mecanismos de relojoaria a acionarem, a pedido ou automaticamente, melodias religiosas de louvor a Deus e ao panteão cristão.
Para que os sinos pudessem funcionar, passou a ser necessário que os relógios também funcionassem. E que alguém lhes desse regularmente corda. Com os tempos, o Sacristão ou o Monge foi-se tornando um 'bem escasso' e, hoje em dia, em praticamente todo o Ocidente, os mecanismos de dar corda dos relógios acoplados a sistemas de sinos estão automatizados, eletrificados.
*Jornalista e investigador na área do Tempo, da Relojoaria e da evolução das Mentalidades a eles ligada
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