Hora Certa e Humana

Wilson Relojoeiro informa A hora certa e humana>

sábado, 28 de abril de 2012

FAZENDO AMIZADE COM O TEMPO

"Na dimensão temporal atual, o passado recebe nome de memória, e o futuro tem vários pseudônimos, como sonho, desejo, medo e esperança"
Os Gregos que encontravam explicação para tudo por meio das forças emanadas pelo Monte Olimpo, não se contentavam em ter um deus do tempo, tinham logo dois: Chronos e Kairós. Um só deus Grego não seria suficiente para explicar a relação do homem com o tempo, tamanha a tensão que existe entre ambos.
A única proeza em que o homem teve sucesso, a respeito do tempo, foi conseguir medi-lo, para isso analisou ciclos, como os movimentos da lua e do sol, observou seu efeito sobre a natureza e então padronizou os tempos, do ano, das estações e dos dias, posteriormente divididos em frações, chamadas, horas, minutos, segundos. Em sua arrogância, o humano acreditou que, ao medir o tempo, o controlaria. Doce ilusão. As medidas só serviram para aumentar a sensação da passagem veloz do tempo, que escorre pelas mãos, como água que, formada por moléculas, sempre encontra um caminho para seguir seu destino, que é a gravidade. O tempo é assim, líquido, escorre pelas mãos, atraído pela gravidade do destino.
A física é a relação mais óbvia, como já foi visto, e é utilizando um instrumento físico é que passamos a medir o tempo.
O RELÓGIO é esse instrumento e, mesmo com variações de precisão e de estética, cumpre sua função de nos alertar para os horários e a passagem do tempo. Mas é tudo o que ele faz, nos avisa que o tempo passa e o que faremos com essa informação é problema nosso.
Do ponto de vista que está além da física, o tempo é uma sensação, portanto ele tem duração variável, contrariando os relógios. Dois minutos de broca no dentista são mais longos do que 16 minutos escutando o "Bolero de Ravel" ao lado da pessoa amada.
Voltando aos Gregos, Chronos é o deus do tempo medido, por isso usamos expressões como cronograma, cronologia, cronômetro. Nos livros de mitologia ele é representado como um deus malvado, que come seus próprios filhos, simbolizando o que o tempo faz conosco atualmente, parece que ele nos devora. Já Kairós é o deus do tempo vivido, das escolhas que fazemos, da maneira como aproveitamos a vida. Chronos é quantitativo e Kairós é qualitativo.

Texto extraído do Livro PRECISO DIZER O QUE SINTO!
Autor: Eugenio Mussak

2 comentários:

  1. Interessante esse artigo.Eu pensava que só existia o Chronos.
    Abraços

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  2. Pois é, Kairós era o filho de Chronos, o deus das estações e do momento oportuno.
    Abraço, Wilson

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